Interligando você com o Saber !: Tecnofobia x Tecnofilia

Falar sobre tecnologia nos dias atuais é sempre um grande desafio, especialmente quando tentamos apontar a melhor maneira de nos relacionarmos com ela. O ideal seria que alcançássemos uma relação equilibrada entre aquilo que temos disponível e as nossas reais necessidades.

A grande questão é que temos visto se destacar duas posturas excessivas tanto em favor ou contra. Podemos chamar de tecnofilia quem aprecia em excesso e tecnofobia quem aprecia de menos.

Essas duas tendências nos impedem de desfrutar dos reais benefícios que a tecnologia tem a nos oferecer principalmente no que diz respeito à educação.

Ignorar o horizonte repleto de novas oportunidades que a tecnologia nos oferece é jogar fora uma riqueza imensurável. Por outro lado se render ao determinismo tecnológico, sem levar em conta sua capacidade muitas vezes alienadora é abraçar uma causa sem sentido.

Como educadores somos desafiados a ter um posicionamento crítico. Saber "distinguir entre novidades e invencionices". Buscar a utilização correta das ferramentas que dispomos. Motivando o outro a também fazê-lo. Para que tudo seja aproveitado para seus devidos fins e sem que isso implique numa quebra das relações humanas.

"No mundo das novas tecnologias há euforia e lamento, um jogo entre “tecnófilos” e “tecnófobos”. Ambas as posições são inadequadas, porque são acríticas. Não cabe curvar-se ao determinismo tecnológico que resulta em aceitação basbaque, porque nenhum determinismo é historicamente real. Nem cabe propalar repulsa obsessiva, porque, sendo o mundo das novas tecnologias naturalmente ambíguo, há, entre tantas dubiedades, também belas promessas. A internet é também um“lixão”,mas é igualmente um horizonte que pode abrir novas oportunidades de autoria e cidadania. Procura-se uma posição mais sensata entre os extremos, marcada pelo “olhar do educador”.

(Pedro Demo)